O Ministério da Saúde anunciou
alterações nas doses de reforço das vacinas contra meningite e pneumonia e no
esquema vacinal da poliomielite e da hepatite A.
O novo ano já começou com novidades
no mundo das vacinas: nesta terça-feira (5), o Ministério da Saúde anunciou
mudanças no Calendário Nacional de Vacinação. Elas entraram em vigor no dia 4 e
valem para postos de saúde de todo o país. "Sempre que temos uma mudança
na situação epidemiológica, nas indicações ou na incorporação de novas vacinas,
fazemos modificações no calendário", justifica o secretário de Vigilância
em Saúde, Antônio Nardi.
A maior parte das alterações
envolve imunizantes administrados em bebês. Confira a seguir:
Pneumonia
A partir de agora, a vacina
pneumocócica 10 valente será aplicada em duas doses (aos 2 e aos 4 meses de
vida), seguida de um reforço preferencialmente aos 12 meses - mas que pode ser
tomado até os 4 anos de idade. Segundo o ministério, estudos recentes mostram
que esse modelo tem a mesma efetividade do que o esquema de três doses mais um
reforço, adotado até então pelo sistema de saúde pública do Brasil.
Pólio
No novo calendário, a terceira dose
da vacina contra a poliomielite, administrada aos 6 meses de vida, deixa de ser
oral e passa a ser injetável, assim como as duas primeiras. Desse modo, as três
aplicações iniciais do imunizante são feitas com a versão inativada, elaborada
com vírus mortos. Isso reduz ainda mais os riscos de a criança desenvolver a doença,
que leva à paralisia infantil. Vale lembrar que a vacina oral poliomielite
(VOP) continua sendo utilizada como reforço aos 15 meses, aos 4 anos e
anualmente durante a campanha nacional, voltada para os pequenos de 1 a 4 anos
de idade.
Meningite
Em relação à vacina meningocócica C
(conjugada) - que protege meninos e meninas contra infecções causadas pela
bactéria meningococo C -, a mudança está no reforço. Antes, a dose extra era
oferecida aos 15 meses; agora, ela deve ser dada aos 12. As primeiras doses
continuam sendo feitas aos 3 e aos 5 meses de vida.
Hepatite A
Em 2016, o esquema da vacina contra
essa doença passará a ser feito em dose única, aos 15 meses de vida. Até então,
a primeira dose do imunizante era aplicada quando o pequeno completasse 1 ano
de idade e o reforço, depois de seis meses.
O objetivo, segundo o ministério, é
reduzir o número de vacinas injetáveis administradas e o desconforto que elas
provocam. A pasta assegura que a mudança não comprometerá a eficácia do
medicamento.
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