O
Ministério Público Federal (MPF) iniciou desde julho do corrente ano, com o
apoio dos membros das unidades no Brasil, a primeira fase do Projeto Raio-X
Bolsa Família – que consiste em recomendar aos municípios a visita às famílias
com indicativos de renda per capita superior ao estabelecido pelo programa e a
revisão dos cadastros.
O projeto
Raio-X Bolsa Família, patrocinado pelas Câmaras Criminal e de Combate à
Corrupção do MPF, identificou, a partir de ferramenta de inteligência
desenvolvida pela própria instituição, quatro perfis suspeitos de
beneficiários: falecidos, servidores públicos, doadores de campanha e
empresários.
O levantamento, de abrangência nacional, é inédito porque não parte da autodeclaração de renda do cidadão, mas sim da análise do cruzamento de dados públicos fornecidas por diversas instituições, como Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Receita Federal e o próprio Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc).
O levantamento, de abrangência nacional, é inédito porque não parte da autodeclaração de renda do cidadão, mas sim da análise do cruzamento de dados públicos fornecidas por diversas instituições, como Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Receita Federal e o próprio Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc).
No município de Guamaré/RN o Prefeito Hélio Willamy e a
Secretária de Assistência Social, Marisa Rodrigues se comprometeu a realizar a
recomendação n° 013/201, solicitados através do ofício nº
484/2016/GAB/VAQ/PRMQ/ASSU – Inquérito Civil Nº 1.28.400.000126/2016-19, datado
em 18/08/2016. As providências foram tomadas Juntamente com a
coordenação e equipe do Cadastro Único/bolsa família, pelo qual organizou um
plano de ação e estruturou uma força tarefa constituída por todas as
assistentes sociais lotadas na secretaria para visita domiciliar de averiguação
da composição familiar e renda das famílias com indícios de irregularidades no
recebimento do programa bolsa família.
Segundo a secretária Marisa Rodrigues o trabalho da atual
administração, na averiguação cadastral vem sendo realizado dentro dos
parâmetros legal exigidos pelos critérios do Programa Bolsa Família pelo
Ministério de Desenvolvimento Social, desde o ano de 2013 onde encontramos mais
de 50/% de usuários com indícios de irregularidades. Desde então, tivemos uma
redução crescente dessas irregularidades, chegando agora em apenas 13,44%
identificadas pelo Ministério Público Federal. A secretária Marisa Rodrigues,
acrescenta que não foi falta de informação e esclarecimentos para com os
usuários beneficiados, a mesma lamenta que algumas pessoas usam de má fé as
informações solicitadas para estarem dentro dos critérios do programa,
autodeclarando uma renda fictícia, abaixo da sua realidade econômica a fim de
receber o benefício, prejudicando aquelas pessoas e famílias que realmente
precisam ser beneficiadas. Essa medida pelo Ministério Público Federal, sem
dúvida vem contribuir para a lisura da gestão do cadastro e Programa Bolsa
Família, assim podemos acreditar em uma nova cultura de conscientização para
que as pessoas possam de fato declarar a
verdade para serem beneficiadas. Queremos também afirmar que cumprimos
fidedignamente a recomendação no qual resultou as seguintes averiguações
encaminhadas ao Ministério Público Federal:
TRABALHO EFETUADO ATÉ A DATA DE
18/11/2016:
a)
Família
de Servidores: TOTAL EM AVERIGUAÇÃO: 366
famílias
Ø
Total
de famílias com os benefícios cancelados: 274
famílias – 75%;
Ø
Total
de famílias que mudaram de município: 06
famílias – 2%;
Ø
Total
de Benefícios Liberados após parecer do Serviço Social e comprovação documental
que as famílias estavam dentro dos critérios estabelecidos pelo Programa Bolsa
Família para continuarem a receber o benefício: 30 famílias – 8%;
Ø
Total
de famílias com os benefícios bloqueados: 56
famílias – 15%, destas 24 famílias tiveram parecer emitido por assistente
social desfavorável para continuarem a receber o benefício do Bolsa Família e
os relatórios encaminhados ao Ministério
do Desenvolvimento Social e Agrário para realizar o cancelamento; e 32 famílias
necessitam trazer para o Cadastro Único documentos que comprovem a regularidade
da renda, se as mesmas não o fizerem durante o prazo de 03 meses terão o
benefício cancelado.
OBSERVAÇÃO:
Em anexo planilha com as famílias e as situações identificadas.
Cancelados
|
Liberados
|
Bloqueados
|
Transferências
|
274
|
30
|
56
|
6
|
b)
Família
de Empresários: TOTAL EM AVERIGUAÇÃO: 67
famílias
Ø
Total
de famílias com benefícios cancelados: 38
famílias – 57%;
Ø
Total
de famílias que mudaram de município: 01
família – 1%;
Ø
Total
de Benefícios Liberados após parecer do Serviço Social e comprovação documental
que as famílias estavam dentro dos critérios estabelecidos pelo Programa Bolsa
Família para continuarem a receber o benefício: 02 famílias – 03%;
Ø
Total
de famílias com os benefícios bloqueados: 26
famílias – 39%, estas famílias necessitam trazer para o Cadastro Único
documentos que comprovem a regularidade da renda ou o fechamento da empresa, se
as mesmas não o fizerem durante o prazo de 03 meses terão o benefício
cancelado.
Cancelados
|
Bloqueados
|
Liberados
|
Transferências
|
38
|
26
|
2
|
1
|
1)
Em
anexo a planilha solicitada e outras com todas as situações identificadas na
averiguação da auditoria realizada, quais sejam: do total de 433 averiguações,
temos atualmente: 312 benefícios cancelados (72%), 07 benefícios transferidos
para outros municípios (2%), 32 benefícios liberados por parecer do serviço
social (7%) e 82 benefícios bloqueados e em processo de regularização ou
cancelamento (19%).
Cancelados
|
Bloqueados
|
Liberados
|
Transferências
|
312
|
82
|
32
|
7
|
Dentro da recomendação solicitada pelo
Ministério Público Federal foi o de promover a afixação do inteiro teor da
presente recomendação em locais visíveis de suas repartições e na agência da
Caixa Econômica Federal e Lotérica, no qual foi feita cópia da recomendação do Ministério Público
Federal, elaborado um Ofício Circular da Prefeitura para os gestores das
repartições públicas (Gabinete Civil e Secretaria de Assistência Social),
gerente da Caixa Econômica Federal e o responsável pela Lotérica explicando a
solicitação do MPF e afixado em local público a recomendação e todo seu teor.
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