31 de julho de 2014

BENEFICIÁRIA DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DO DISTRITO DE BAIXA DO MEIO DEVOLVE CARTÃO ESPONTANEAMENTE APÓS TER CONSEGUIDO EMPREGO

Foi uma cena singular. Dona Ana Paula Araújo de Oliveira Bezerra de 26 anos de idade, moradora da Rua São João em Baixa do Meio distrito de Guamaré, casada e mãe de 02 filhos um de 06 anos e o outro de apenas 1 mês de vida. No início desta semana dia (22/07), a beneficiária dirigiu-se ao CRAS de onde mora para pedir o cancelamento do seu benefício do Programa Bolsa Família, após começar a trabalhar.


A atitude da beneficiária, surpreendeu funcionários da secretaria de Assistência Social, por tratar-se de um caso raro, e que serve de exemplo. O sentimento de coletividade parece ter sido o que inspirou Ana Paula.

“O dinheiro do Bolsa Família era usado para botar comida em casa e suprimiu minhas necessidades quando eu mais precisei. Não seria justo eu ficar com um benefício na minha mão que vai servir para ajudar quem não tem”, disse a beneficiária.

A atitude chamou a atenção da secretaria de Assistência Social Marisa Rodrigues e da Coordenadora do Bolsa Família e Cadastro Único do município Jocilda Dantas “Ficamos admiradas, positivamente, com o gesto nobre de dona Ana Paula, que apesar de não possuir um padrão de vida confortável, entende que hoje, estando trabalhando juntamente com o seu esposo, sua vida está melhor do que a de muitas famílias guamareenses, que passam por situação de extrema pobreza e que estão em uma fila de espera por benefício”, destacou.

Em Guamaré/sede aconteceu um caso parecido no início deste ano, mas a beneficiária se recusou a expor o seu nome e sua imagem na internet. Por isso respeitamos a sua decisão. Ressaltando que a família no momento que necessitar poderá novamente usufruir do benefício.

Destacando que esse gesto, essa atitude também é fruto do trabalho e iniciativa da coordenação do cadastro único/bolsa família na conscientização dos usuários para que os mesmos tomem essas iniciativas pautadas no que preconiza a legislação do programa.


Na realidade sempre que ouve a observação de que muitas pessoas demoram em encontrar a porta de saída, o sociólogo Quintella rebate: “As pessoas vão caminhando em seu próprio tempo, não no tempo ditado pelos gabinetes. É uma tarefa para uma geração”.

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