Foi
uma cena singular. Dona Ana Paula Araújo de Oliveira Bezerra de 26 anos de
idade, moradora da Rua São João em Baixa do Meio distrito de Guamaré, casada e
mãe de 02 filhos um de 06 anos e o outro de apenas 1 mês de vida. No início
desta semana dia (22/07), a beneficiária dirigiu-se ao CRAS de onde mora para
pedir o cancelamento do seu benefício do Programa Bolsa Família, após começar a
trabalhar.
A atitude da beneficiária,
surpreendeu funcionários da secretaria de Assistência Social, por tratar-se de
um caso raro, e que serve de exemplo. O sentimento de coletividade parece ter
sido o que inspirou Ana Paula.
“O dinheiro do Bolsa Família era usado para botar comida em casa e suprimiu minhas necessidades quando eu mais precisei. Não seria justo eu ficar com um benefício na minha mão que vai servir para ajudar quem não tem”, disse a beneficiária.
A atitude chamou a atenção da secretaria de Assistência Social Marisa Rodrigues e da Coordenadora do Bolsa Família e Cadastro Único do município Jocilda Dantas “Ficamos admiradas, positivamente, com o gesto nobre de dona Ana Paula, que apesar de não possuir um padrão de vida confortável, entende que hoje, estando trabalhando juntamente com o seu esposo, sua vida está melhor do que a de muitas famílias guamareenses, que passam por situação de extrema pobreza e que estão em uma fila de espera por benefício”, destacou.
Em Guamaré/sede aconteceu um caso
parecido no início deste ano, mas a beneficiária se recusou a expor o seu nome
e sua imagem na internet. Por isso respeitamos a sua decisão. Ressaltando que a
família no momento que necessitar poderá novamente usufruir do benefício.
Destacando que esse gesto, essa atitude também é
fruto do trabalho e iniciativa da coordenação do cadastro único/bolsa família
na conscientização dos usuários para que os mesmos tomem essas iniciativas
pautadas no que preconiza a legislação do programa.
Na realidade sempre que
ouve a observação de que muitas pessoas demoram em encontrar a porta de saída,
o sociólogo Quintella rebate: “As pessoas vão caminhando em seu próprio tempo,
não no tempo ditado pelos gabinetes. É uma tarefa para uma geração”.
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